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84% das empresas vão priorizar soluções de segurança com IA generativa

Em um cenário onde os desafios cibernéticos se multiplicam, a Inteligência Artificial pode ser boa ou má. Essa dualidade foi debatida em uma mesa redonda com executivos da IBM. Segundo Fábio Mucci, líder de segurança da companhia, sua utilização é o que definirá. Mas que uma coisa é fato: não existe um caminho no futuro […]

Publicado: 07/12/2025 às 22:44
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Inteligência artificial e cibersegurança, ia generativa,
Construção civil — Foto: Reprodução

Em um cenário onde os desafios cibernéticos se multiplicam, a Inteligência Artificial pode ser boa ou má. Essa dualidade foi debatida em uma mesa redonda com executivos da IBM. Segundo Fábio Mucci, líder de segurança da companhia, sua utilização é o que definirá. Mas que uma coisa é fato: não existe um caminho no futuro sem o uso diário da IA. E isso vale tanto para as empresas, como para os criminosos. 

Mucci ressaltou que a popularização da IA generativa trouxe consigo um aumento na sofisticação dos ciberataques. Ele afirmou que “quando falamos de IA generativa impulsionando negócios, também vemos a tecnologia facilitando o trabalho de cibercriminosos”. 

Leia mais: 92% das empresas estão aumentando seu orçamento de proteção de dados 

Sua fala é endossada com os dados do estudo Cost of a Data Breach 2023, que aponta a América Latina como a quarta região mais atacada globalmente, sendo o Brasil um dos epicentros de ações maliciosas. A pesquisa revela que 42% das violações de dados resultaram na perda de informações em diversos ambientes. 

Por isso, o tempo é um ponto chave em cibersegurança, já que a aceleração de previsões, detecções e respostas a incidentes garantem que os dados não sejam perdidos. É nesse aspecto que a IA desempenha um papel crucial, já que resulta em uma redução significativa no tempo gasto nas fases de triagem e resposta. Segundo a pesquisa, a triagem de incidentes foi otimizada em 55%, enquanto o tempo para responder a um incidente foi reduzido em 85%. 

Com base nisso, a crescente importância da IA generativa nas estratégias de segurança foi enfatizada, revelando que 84% das empresas estão focadas em soluções de cibersegurança impulsionadas por essa tecnologia. 

Apesar dos desafios da tecnologia, dados da pesquisa revelam que organizações no Brasil ajudaram a cortar custos da violação em R$ 3,41 milhões e reduzir seus ciclos de vida em 68 dias, graças à implementação da IA nos processos de cibersegurança. 

Esses resultados indicam que a adoção de tecnologias como IA não apenas aprimora a eficiência operacional, mas também apresenta um impacto financeiro positivo.  

Tendências de IA generativa em cibersegurança 

Durante a mesa redonda, os executivos abordaram as principais tendências da IA generativa no aspecto de cibersegurança em 2024. Confira: 

Ano do engano 

Em 2024, o cenário de cibersegurança enfrentará um ano do engano. A crescente popularização e refinamento da tecnologia, aliada a eventos como eleições cruciais e conflitos internacionais em escalada, cria um terreno fértil para ameaças. A disseminação de fake news e a manipulação de situações por meio de contextos falsos atingem níveis avançados, com imagens, áudios e vídeos fabricados por IA.  

Segmentação aprimorada 

O uso cotidiano da IA ocasiona no compartilhamento da informação, e, consequentemente, na segmentação de dados. O olhar atento à essa questão torna-se crucial, pois a IA pode utilizar essas informações de maneira altamente segmentada, podendo influenciar dinâmicas futuras.

Segundo Mucci, é importante que haja a preocupação por parte das empresas que provém essa tecnologia de se movimentar para criar modelos de governança nesses processos. O executivo afirma que é necessário ter cautela de entender a tecnologia e o que ela proporciona, mas também se preocupar com os impactos que pode causar na sociedade. 

Worm de Morris com IA 

Foi levantada a preocupante possibilidade de um novo “Worm de Morris” impulsionado pela IA, destacando que a crescente sofisticação dos ciberataques pode resultar em consequências comparáveis ao evento de 1988. Esse episódio infectou cerca de 10% dos computadores conectados à internet à época, sendo considerado o primeiro grande ciberataque.  

A fusão de técnicas tradicionais com a inteligência artificial cria uma ameaça altamente adaptável e desafiadora. Diante disso, as organizações devem intensificar suas defesas, implementando medidas avançadas para prevenir e conter possíveis ataques.  

O cenário destaca a importância de antecipar-se a essas ameaças em constante evolução e reforçar a segurança cibernética de forma abrangente. Mucci afirma que é inevitável, “os cibercriminosos atacarão a IA das organizações também usando Inteligência Artificial, mas é justamente a IA que está impulsionando os resultados de segurança das empresas”. 

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