Experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) virou praticamente um mantra para empresas, principalmente as que têm produtos e serviços digitais. Conseguir se diferenciar em meio à tanta oferta de aplicativos, softwares e plataformas digitais é um grande desafio, e os profissionais da área de UX têm sido cada vez mais procurados para ajudar […]
Experiência do usuário (UX, na sigla em inglês) virou praticamente um mantra para empresas, principalmente as que têm produtos e serviços digitais. Conseguir se diferenciar em meio à tanta oferta de aplicativos, softwares e plataformas digitais é um grande desafio, e os profissionais da área de UX têm sido cada vez mais procurados para ajudar nessa tarefa. Um dos perfis mais procurados é o UX designer.
Leia também: Como empresas empregam CX para se tornarem mais competitivas
Na plataforma de recrutamento digital Connekt, foram registradas cerca de 100 vagas de UX em 2020, com mais de 7 mil candidaturas. No LinkedIn, existem hoje mais de 400 oportunidades para UX designer em startups, empresas de tecnologia, bancos e companhias do setor de bens de consumo. Conforme pesquisa da Gama Academy, escola que forma profissionais para o mercado digital, o salário inicial para UX designer júnior é de R$ 3.170 e de R$ 5.156 para um profissional de nível pleno.
As vagas estão concentradas em grandes capitais brasileiras, como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Florianópolis, de acordo com a pesquisa, que ouviu 55 empresas de todo o país em agosto de 2020. A tarefa tem sido árdua para descobrir bons profissionais na área. De acordo com o levantamento da Gama Academy, 66% das empresas entrevistadas apontam que faltam qualificação e requisitos técnicos para esses profissionais.
Segundo Natália Garcia, diretora de operações da Gama Academy, a área de UX é relativamente nova e acaba absorvendo normalmente pessoas com formação em design gráfico e que se especializaram em experiência do usuário. “Não existe uma graduação em UX. O profissional vai procurar se especializar em cursos rápidos e práticos”, explica. Ela lembra que o UX designer cuida de toda a jornada do usuário dentro de uma aplicação. É quem pensa qual será o fluxo de cliques que as pessoas terão em um aplicativo, por exemplo, diz ela.
Isso significa dizer que a carreira exige muita pesquisa. “Precisa pesquisar o usuário, fazer benchmark do que tem no mercado daquele produto. Precisa ser alguém muito analítico, ter lado de conversa e atendimento ao cliente para poder conseguir extrair o que o usuário está dizendo, sem influenciar a resposta dele”, afirma. Criatividade é outra habilidade fundamental para a atuação do UX designer. “Porque a pessoa vai pensar na jornada do usuário.”
Hoje, a escola oferece dois cursos ligados à área de experiência do usuário. Um deles, com foco em UX/UI design, serve como a porta de entrada para quem pretende seguir na carreira. São 14 módulos, com mais de cem aulas, que podem ser realizadas on-line. Por esse curso, por exemplo, já passaram cerca de 1 mil pessoas.
O outro programa é de Product Management e tem como foco a formação de pessoas para atuar como gerentes de produtos. São quatro módulos e mais de 40 horas de conteúdo.
Para quem realmente vai trilhar a trajetória profissional em UX, também existe uma oferta de cursos de pós-graduação e MBA oferecidos por instituições de ensino como Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), FIAP e Impacta Tecnologia.
