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Dexco usa tecnologia para melhorar gestão de florestas

Com uma trajetória de negócios, Daniel Lopes Franco não tinha contato com vertentes de tecnologia até o convite para retornar à Dexco, até então Duratex, onde havia atuado na área de fusões e aquisições anos antes. Seu retorno, com foco em estratégia corporativa o trouxe para a tecnologia. Um novo desafio. Porém, sua volta seria […]

Publicado: 10/12/2025 às 07:44
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Daniel Lopes Franco, Diretor de TI, Desenvolvimento de Negócios e Inovação da Dexco
Construção civil — Foto: Reprodução

Com uma trajetória de negócios, Daniel Lopes Franco não tinha contato com vertentes de tecnologia até o convite para retornar à Dexco, até então Duratex, onde havia atuado na área de fusões e aquisições anos antes. Seu retorno, com foco em estratégia corporativa o trouxe para a tecnologia. Um novo desafio. Porém, sua volta seria como voltar para casa.

Segundo Franco, tomar a decisão de voltar à Dexco nunca foi difícil: “Difícil foi tomar a decisão de sair”.

Sua paixão pelo Grupo se entrelaça nas memórias de infância e sua crença sobre os valores da empresa, da qual ele faz parte desde 2012. De uma família de construtores, Franco cresceu vendo o pai enchendo lajes de empreendimentos imobiliários e vendo a Deca, marca de louças e metais sanitários pertencente à Dexco.

“Crescer em uma família que materializa o sonho dos brasileiros de ter a casa própria e ver os produtos da Dexco fazem parte dessa jornada e é, enfim, algo que eu tenho muito antes de tomar a decisão de ser engenheiro”, conta.

De volta à Dexco, Franco, finalmente, abraçou outro ponto do DNA da empresa, a tecnologia.

“Não passa pela cabeça da Dexco a gente se desenvolver sem ter um alicerce tecnológico”, por isso “tomou-se a decisão de ter dentro da mesma diretoria de estratégia e inovação a área de tecnologia, para que a gente efetivamente tivesse um alinhamento muito claro das iniciativas de tecnologia com a estratégia corporativa da empresa”, diz.

Como Diretor de TI, Desenvolvimento de Negócios e Inovação, Franco e sua diretoria ajudaram a empresa em seu novo reposicionamento de marca, anunciado em julho deste ano, em que a empresa deixa a marca Duratex para se tornar Dexco.

Legado sustentável

A gestão sustentável é parte fundamental dos 70 anos de história da Dexco, com produção positiva de carbono, desde 2016. Todos os produtos da empresa são basicamente feitos a partir de um parque florestal totalmente bem gerido, diz Franco – o que é “uma grande força competitiva da Dexco”.

O executivo conta que a empresa tem investido na madeira para o futuro da construção civil, que a levou a adquirir, neste ano, a Urbem, produtora de madeira engenheirada, e a Noah, construtech focada no desenvolvimento imobiliário de edifícios de madeira engenheirada.

Foi esse olhar para o futuro da construção civil que também levou a empresa a desenvolver e implantar, no último ano, o projeto Floresta Digital, liderado por Franco, ganhador da categoria Indústria da Engenharia e Construção do prêmio As 100+ Inovadoras no Uso de TI de 2021. O projeto consiste na digitalização da gestão dos mais de 170 mil hectares em operações no Brasil e no exterior da Dexco, que aumentou a eficiência, produtividade e preservação do meio ambiente, segundo Franco.

O executivo diz que o legado para o mundo da Dexco é a sustentabilidade, e a principal meta de ESG da empresa é crescer mantendo a positividade do carbono. Mas para viabilizar esse projeto a companhia precisou investir em tecnologia.

“A gente chegou em um patamar de produtividade florestal em que precisamos da tecnologia para nos levar além e foi todo esse pacote de projetos, que a gente chama de Floresta 4.0, que está nos ajudando a criar essa rota para um novo patamar de competitividade, permitindo que a gente tenha ainda mais ativo florestal para desenvolver ainda mais negócios”, explica.

Ele conta que a agricultura de precisão, assim como outras tecnologias do agronegócio, serviu de inspiração para a silvicultura da empresa. “Todo esse pacote de investimentos em uso de dados, em uso de gêmeos digitais, uso de automação e robotização, tudo isso está realmente criando uma base sustentável para nos manter nesse nível de competitividade que só cresce a cada ano”, adiciona Franco.

Anderson Lins, Gerente de Produção Florestal, à frente de toda gestão do Floresta 4.0 por parte dos negócios, e André Villamar Pinho, Gerente de Data & Analytics, à frente da área de tecnologia, criaram todo o roadmap da Floresta 4.0 do qual o projeto premiado faz parte. De todo esse trabalho, duas iniciativas foram destacadas para participar desta edição do prêmio como os mais inovadores: controle de fluxos de insumos por meios eletrônicos e automatização de registros de manutenção.

Inovação

Os profissionais desenvolveram um ecossistema composto por arquitetura de comunicação e protocolos para permitir que os equipamentos apresentassem melhor desempenho nas operações e processos de gestão florestal da empresa. Isso garantiria o funcionamento de 100% das operações de adubação de base, capina química e combate de formigas, mantendo todo o sistema em funcionamento com análises por meio de processos de melhoria contínua.

Pela dificuldade de acesso à internet em meio às florestas, a empresa desenvolveu uma solução ágil e de baixo custo para efetuar a coleta e guarda dos dados em campo e para que chegassem ao ERP de forma consistente, confiável e eficiente sem comprometer a ordem cronológica dos dados, a cadeia de comunicação nem o objetivo do projeto.

Como resultado, ambas as frentes contribuem diretamente para a redução de custos operacionais, que representam certa de 35% da produção florestal. A automatização de fluxos de insumos resultou no incremento do indicador de qualidade, reduzindo em 50% o desvio anual global de insumos em todas as unidades Dexco, ao longo de 2020. Em 2021, o desvio anual global de insumos em todas as unidades da empresa foi de apenas 3,43% detectados nas avaliações de qualidade dos processos. Dessa forma, as soluções permitiram uso mais racional dos herbicidas, adubos e isca formicidas.

A digitalização da rotina de manutenção possibilitou a coleta de dados em aplicativos digitais, facilitando a tabulação e processamento dos dados para posterior análise de melhorias, além de gerar indicadores úteis e confiáveis de manutenção preventiva, tais como Tempo Médio Para Reparo (MTTR), Tempo Médio Entre Falhas (MTBF) e o índice de manutenção planejada.

Franco também destaca os ganhos intangíveis oferecidos à organização, como a cultura de dados. “É incrível o quanto que projetos como esse, que é o projeto da democratização da tecnologia dentro da cultura do negócio, faz com que o mindset das pessoas mude… eles passam a entender quanto que a disponibilidade das informações, o mais rápido possível, baseado em modelo e de uma maneira ágil, permite que eles sejam muito mais efetivos no processo de tomada de decisão – e preditivos”, diz.

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