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Vivo: 5G é primeira rede móvel pensada para aplicações corporativas

Uma das grandes promessas do 5G é o seu potencial para o setor corporativo. Enquanto gerações anteriores de conectividade móvel foram pensadas, em primeiro lugar, para beneficiar usuários finais, o 5G traz uma arquitetura de segurança que deve alavancar aplicações empresariais mais ágeis, simples e seguros. No painel 5G e Futuro, realizado nesta quinta-feira (21) […]

Publicado: 07/12/2025 às 19:12
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Construção civil — Foto: Reprodução

Uma das grandes promessas do 5G é o seu potencial para o setor corporativo. Enquanto gerações anteriores de conectividade móvel foram pensadas, em primeiro lugar, para beneficiar usuários finais, o 5G traz uma arquitetura de segurança que deve alavancar aplicações empresariais mais ágeis, simples e seguros.

No painel 5G e Futuro, realizado nesta quinta-feira (21) durante o IT Forum Trancoso, Alex Salgado, vice-presidente B2B da Vivo, e Vitor Cavalcanti, sócio-diretor da IT Mídia, discutiram as novas possibilidades que serão desbloqueadas pelo 5G dentro de empresas – de redes privadas à segurança simplificada de dispositivos.

Confira os melhores momentos da entrevista:

Vitor Cavalcanti: A conectividade tem um papel fundamental na próxima grande onda de tecnologia, inclusive o 5G. Do ponto de vista executivo, como você imagina a sociedade com essa conectividade ampliada no futuro?

Alex Salgado: Nossa evolução enquanto sociedade vem junto a evoluções tecnológicas. Em cinco ou dez anos, nós vamos ter acesso a tecnologias que vão moldar nosso futuro. O 5G vai trazer para a gente uma conectividade que evolui de tal forma que vão tornar mais eficientes nossos sistemas todos. Um exemplo do agro, que é tão importante para o nosso país: imagine uma fazenda produzindo cana em que uma colheitadeira atropela um javali. Vai matar o bicho e vai parar a colheitadeira. Como você previne isso? Com a chegada de novas tecnologias de câmera com inteligência artificial na ponta, você consegue ver o javali próximo e a colheitadeira. A gente consegue não só saber o que está acontecendo, mas processar na ponta e mandar a máquina parar. O potencial de casos de uso que vamos ter agora com as tecnologias discretas, que estão surgindo com uma conexão mais forte e mais robusta, vão ser decisões mais corretas.

VC: Ainda falando das tecnologias que o 5G habilitam, o que você acredita que as empresas vão implementar a curto prazo?

AS: A tecnologia de mobilidade, em geral, surgiu para ajudar as pessoas a se comunicarem cada vez melhor. Elas não foram pensadas, by design, para aplicações corporativas. O 5G, por definição, nasce com uma visão de ser aplicado ao mercado corporativo de uma forma super eficiente. Ele prevê controle adequado de velocidade, prevê menor latência e tempo de resposta. Não menos importante, a segurança por definição. Em uma rede 5G, você pode fazer um controle dos dispositivos físicos que garantem mais segurança. Quando a gente pega o 5G e encara como redes privativas, que antes estavam acessíveis somente para grandes corporações, o custo caiu. Eu consigo, por exemplo, implementar redes 5G para bancos, para tornar agências completamente wireless, sem wi-fi, sem cabos. Não tem como eu colocar dispositivos físicos na rede para fazer monitoramento de dados. Isso reduz risco de invasão, da melhor performance e reduz o custo de energia. O 5G privado, implementado dentro dos nossos escritórios, vai tornar nosso dia a dia mais eficiente.

VC: Quando as empresas podem contar com rede privada 5G?

AS: Já. A rede “normal” 5G sobe em julho, quando a gente recebe as frequências da Anatel. As redes privadas 5G dependem da instalação de um dispositivo dentro do ambiente em que será utilizada. Essa tecnologia está disponível hoje, a gente já tem projetos rodando, provas de conceito com clientes, para fazer a desconexão física dos dispositivos e trazer para a conexão completamente online e gerenciada. O que vai acontecer também, que é uma evolução do 4G, é que no 4G eu tinha que colocar uma rede inteira. No 5G, eu consigo fazer slicing. Consigo colocar um pedacinho da minha grande rede 5G por empresa.

VC: Dando um passo atrás da aplicação, queria falar de sociedade. Quando a gente fala de conexão, principalmente no Brasil, há muita desigualdade. Como o 5G ajuda nesse processo?

AS: Primeiro, como foi feita a licitação do 5G no Brasil, o governo fez um leilão não arrecadatório. Nós, operadoras, aportaremos entidades onde não há conectividade hoje, como escolas. Nesse movimento, se bem executado, temos uma grande oportunidade de melhorar o acesso às tecnologias. Com as tecnologias XR, de realidade expandida, através do 5G, vamos permitir a expansão da experiência de educação no País. Outros segmentos extremamente relevantes são o agro e a saúde. Na saúde, a mudança que a gente pode trazer de paradigma é brutal. Com os sensores adequados, monitoração adequada e informação adequada a gente consegue antever, tratar melhor e dar acesso a população. O 5G tem o potencial de transformar a saúde no País.

VC: A gente sabe que a agenda dos executivos de tecnologia é pesada. Quando a gente fala do 5G, existe alguma dificuldade para a empresa absorver a tecnologia e fazer bom uso dela?

AS: Na minha intuição, o 5G é uma tecnologia que vai simplificar toda a infraestrutura de comunicação não só outdoor, mas indoor. Você não vai precisar ter uma câmera com protocolo de comunicação, um dispositivos de IoT com wi-fi 4, ou 5 ou 6, ou cabeamento. Você consegue uma única plataforma de comunicação para simplificar essa estrutura, trazendo qualidade de serviço, segurança by design. Se tiver a visão que o 5G é uma tecnologia para simplificar a conexão dentro das operações, é meio caminho andado para poder acessar o potencial do 5G.

VC: Para encerrar, a questão da segurança. Falando de segurança aliada ao 5G, é uma rede mais segura?

AS: A segurança tem múltiplas facetas. A segurança da conexão, a segurança das operações. Mas tem um sujeito chamado usuário, e é geralmente por ali que temos o problema. Focando na minha área de comunicação, falando do 5G, como ele depende de um chip dentro de um dispositivo minúsculo – um sensor, por exemplo – e uma autenticação segura na rede, com comunicação criptografada fim a fim, por design, a gente traz uma segurança melhor do que uma rede wireless com usuário e senha. Ele traz uma simplicidade e segurança para a comunicação entre dispositivos. Isso vem nativo, eliminando a necessidade de uma série de softwares e gestões.

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