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Como o phygital vai transformar a preservação ambiental

Não é de hoje que os impactos ambientais causados pela industrialização e pelo avanço tecnológico podem ser observados no cotidiano do cidadão comum. O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), a presença cada vez mais acentuada de plásticos e outros resíduos nos oceanos e o desmatamento desenfreado, associado ao crescimento da exploração ilegal […]

Publicado: 08/12/2025 às 01:37
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engenheira ambiental, preservação ambiental, ESG
Construção civil — Foto: Reprodução

Não é de hoje que os impactos ambientais causados pela industrialização e pelo avanço tecnológico podem ser observados no cotidiano do cidadão comum. O aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2), a presença cada vez mais acentuada de plásticos e outros resíduos nos oceanos e o desmatamento desenfreado, associado ao crescimento da exploração ilegal de áreas vegetais, são só alguns dos fenômenos mais conhecidos, discutidos e facilmente obsersáveis, não só no Brasil, mas em todo o planeta, quando o assunto é a pressão exercida pela humanidade sobre os recursos naturais, como florestas e cursos d’água.

No entanto, se até pouco tempo atrás o desenvolvimento tecnológico e industrial era visto como mero vilão, que parecia seguir na contramão dos movimentos em prol da sustentabilidade e da conservação ambiental, hoje em dia, a elaboração e execução de políticas sustentáveis, com uma governança eficaz, se tornaram pautas prioritárias na agenda corporativa, figurando na ordem do dia das principais empresas e organizações ao redor do mundo.

Nesse contexto, o desafio que se impõe é o de encontrar um ponto de equilíbrio entre os avanços técnicos, econômicos e populacionais e a preservação da natureza. Desafio este que, aos poucos, vem sendo superado por meio da aplicação das ciências ambientais no desenvolvimento de novas tecnologias, voltadas tanto à conservação quanto ao monitoramento e à redução dos danos provocados ao meio ambiente pela ação humana na exploração dos recursos naturais.

Veja também: discurso ESG ainda é maior do que ações

Com as empresas cada vez mais orientadas pelo ideal do desenvolvimento sustentável, a análise e o uso eficiente dos dados, das redes inteligentes e da inteligência artificial (IA) – que, no mundo corporativo, permitem às equipes traçar estratégias, otimizar processos e melhorar resultados – também têm sido aplicados, e já têm feito a diferença, na busca pela chamada “ecoeficiência”. Ou seja, a disponibilização de bens e serviços competitivos, capazes de satisfazer as necessidades humanas e proporcionar qualidade de vida aos consumidores, causando menos impactos ambientais e utilizando o mínimo possível de recursos naturais não renováveis.

Em meio a esse cenário de avanço do uso da tecnologia em benefício da preservação da natureza, um dos recursos mais avançados e eficientes disponíveis no mercado atualmente é o phygital, ou seja, a integração do físico com o digital, com o intuito de facilitar transações e procedimentos básicos do cotidiano. Embora já se faça bastante presente no varejo e nos processos de transformação da experiência do consumidor (CX), o phygital traz consigo uma visão tecnologicamente disruptiva, aplicável aos mais diversos setores econômicos, que podem ser alavancados por meio da junção das tecnologias física e digital.

Desde a manufatura 4.0 até o turismo, passando pelos segmentos de utilities, telecomunicações e administração pública, o phygital inspira uma reversão na lógica da atratividade dos negócios, maximizando seu valor pelo potencial de crescimento das receitas nos mais diversos mercados. E isso não só por meio da otimização de infraestruturas e da melhora na experiência das pessoas, mas também  por sua poderosa capacidade de contribuição para a sustentabilidade do planeta.

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O conceito phygital pode ser aplicado, por exemplo, em sistemas capazes de detectar derramamentos de óleo em ambientes aquáticos, focos de incêndios em áreas florestais ou, ainda, a presença de aves em parques eólicos. Por meio do uso de um conjunto de tecnologias, que inclui radares 3D, câmeras de infravermelho, recursos de video analytics, visão artificial, algoritmos e IoT, é possível que companhias e instituições dos mais diversos setores garantam operações mais seguras, com menores tempos de resposta a eventuais intercorrências ambientais, maior eficácia na análise de dados e identificação de riscos, além de redução de possíveis impactos aos seus ativos.

Como se vê, embora ainda pouco explorada no Brasil – país que abriga uma rara diversidade de biomas e a maior floresta tropical do mundo –, a visão phygital com foco em sustentabilidade se mostra uma excelente alternativa para empresas e organizações locais que procuram modernizar suas infraestruturas, ao mesmo tempo em que cuidam do planeta, seja no mar, na terra ou mesmo no ar.

*Marcelo Bernardino é CEO da Indra e da Minsait no Brasil

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