*Por Diego Cavalheri A tecnologia transformou profundamente a produção científica, criando novas possibilidades e desafios. Este artigo explora três momentos distintos na história da academia: o passado, caracterizado pela dependência das bibliotecas físicas e pela produção científica demorada; o presente, em que ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) e outros recursos digitais ampliam as capacidades […]
*Por Diego Cavalheri
A tecnologia transformou profundamente a produção científica, criando novas possibilidades e desafios. Este artigo explora três momentos distintos na história da academia: o passado, caracterizado pela dependência das bibliotecas físicas e pela produção científica demorada; o presente, em que ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) e outros recursos digitais ampliam as capacidades de pesquisa; e o futuro, que promete uma integração ainda mais profunda entre ciência e tecnologia. Além disso, destacamos o papel do Centro de Pesquisas e Inovação Itaqui, que aposta na convergência de ciência, tecnologia e multidisciplinaridade como caminho para a inovação.
Durante muito tempo, a pesquisa acadêmica dependia fortemente de bibliotecas físicas, onde artigos impressos e periódicos científicos eram difíceis de acessar. A produção de um artigo científico demandava grande esforço, desde a busca por fontes até a organização dos dados. A tecnologia trouxe facilidades significativas, como buscadores de palavras-chave, softwares de edição de texto e ferramentas para criação de imagens, facilitando tarefas antes impensáveis. A última década trouxe inovações ainda mais revolucionárias, mudando a forma como a ciência é produzida e consumida. Com o avanço contínuo da tecnologia, a pesquisa acadêmica seguirá evoluindo, adaptando-se a novas ferramentas e redefinindo seus próprios limites.
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Atualmente, a produção científica continua sendo um processo desafiador e dispendioso. No entanto, as tecnologias contemporâneas têm facilitado o trabalho dos pesquisadores, oferecendo ferramentas para organização, formatação e até para a criação de novos dados. A Inteligência Artificial, por exemplo, já desempenha um papel significativo em várias áreas, como no diagnóstico de doenças, onde é possível detectar cânceres com a ajuda de IA, algo impensável até poucos anos atrás. Outro exemplo é o impacto dessa tecnologia na biologia, permitindo que IA identifique, com alta precisão, espécies de aves, anfíbios e morcegos a partir de gravações sonoras, economizando tempo e aumentando a precisão. Além disso, plataformas de machine learning podem prever a diversidade de plantas e animais em uma região, com base em dados históricos. No entanto, surge uma questão importante: como os acadêmicos utilizarão essas ferramentas poderosas de forma ética e eficiente?
A popularização da IA nas universidades revelou uma resistência inicial dos acadêmicos, que temiam que essa tecnologia fosse utilizada para substituir o trabalho humano, especialmente na escrita científica. No entanto, à medida que a IA foi integrada às práticas acadêmicas, os resultados positivos começaram a aparecer, demonstrando o potencial dessa ferramenta como um auxílio e não como uma ameaça. Hoje, muitos pesquisadores precisam dominar ao menos uma linguagem de programação e entender como aplicar a IA de maneira ética e eficiente. Aqueles que resistirem à adaptação e não incorporarem essas novas tecnologias em suas pesquisas provavelmente ficarão para trás, tanto na academia quanto no mercado de trabalho. A tecnologia não é uma ameaça aos cargos, mas uma força inevitável que deve ser aproveitada a favor do avanço científico.
O Centro de Pesquisas e Inovação Itaqui possui uma visão integrada, combinando ciência, tecnologia e multidisciplinaridade para fomentar a inovação. Nossa equipe é composta por profissionais de diversas áreas, refletindo a ideia de que tanto a ciência quanto a tecnologia devem ser incorporadas por aqueles que buscam a longevidade e a sustentabilidade de suas pesquisas. Com um centro recém-inaugurado, o Itaqui se posiciona como um espaço promissor para o futuro da pesquisa científica e tecnológica.
*Diego Cavalheri é Doutorando do Centro de Pesquisas do Instituto Itaqui.
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