act digital
Banco BMG
BTG Pactual
Febraban Tech
Febraban Tech 2025
getnet

Agentes lidando com agentes: setor financeiro quer IA para extrair valor sem fricção

Na corrida por eficiência, inovação e vantagem competitiva, a inteligência artificial (IA) deixou de ser promessa para se tornar realidade estratégica no setor financeiro. No Febraban Tech, no painel “Como extrair o valor real da IA no setor financeiro”, moderado por Déborah Oliveira, editora-chefe do IT Forum, os executivos Eduardo Vasconcelos, diretor-executivo do banco BMG, […]

Publicado: 06/12/2025 às 13:22
Leitura
4 minutos
Painel moderado por Deborah Oliveira com executivos de tecnologia na Febraban Tech valor
Construção civil — Foto: Reprodução

Na corrida por eficiência, inovação e vantagem competitiva, a inteligência artificial (IA) deixou de ser promessa para se tornar realidade estratégica no setor financeiro.

No Febraban Tech, no painel “Como extrair o valor real da IA no setor financeiro”, moderado por Déborah Oliveira, editora-chefe do IT Forum, os executivos Eduardo Vasconcelos, diretor-executivo do banco BMG, Felipe Marques, IT Partner do BTG Pactual, Rodrigo Braga, CEO da Getnet, e Frederic Martineau, CTO da Act Digital, compartilharam suas experiências práticas e os desafios enfrentados para transformar a IA em resultados concretos.

Vasconcelos relatou que a adoção da tecnologia começou de maneira descentralizada e que isso, curiosamente, foi um “problema bom”. “Todas as áreas começaram a utilizar IA de forma desorganizada. Deu certo, mas percebemos a necessidade de implementar uma governança para escalar de fato e estabelecer uma vantagem competitiva”, explicou.

Os resultados foram expressivos: 70% de ganho operacional na área jurídica, aumento de 75% a 80% na eficiência da ouvidoria, além de uma redução de 7% no tempo de atendimento e de 10% no tempo de recontato com clientes.

No BTG Pactual, o DNA digital foi evidenciado na fala de Marques. Segundo ele, o uso da IA gerou um ganho de 30% em eficiência na área de desenvolvimento, além de um atendimento premiado via WhatsApp, descrito como “um banco dentro da ferramenta”, com suporte da IA generativa.

O executivo complementou: “IA é urgente e importante. O segredo é não usar a tecnologia como um fim, mas como um meio para transformar o negócio”. Ele também destacou a relevância do treinamento dos líderes para a mudança de mentalidade voltada ao conceito AI First. “É preciso capacitação e mudança de mindset, começando pelos executivos.”

Veja mais: Banco Central aposta em revolução regulatória com Pix 2.0, Open Finance e Drex

Na Getnet, Braga ressaltou o papel da IA na criação de valor. “Para alcançar esse volume de entregas, precisamos nos alavancar em tecnologia.” A empresa vem desenvolvendo modelos preditivos de churn no Brasil e no México, e já iniciou investimentos na criação de uma IA própria. “O próximo passo é escalar o modelo para todas as áreas”, afirmou, mencionando ainda o Innovation Challenge, evento promovido pela companhia que incentivou os times a pensarem em inovações aplicáveis ao negócio.

Segundo ele, a próxima fronteira são os agentes inteligentes que conduzam interações sem atrito. “Pagamentos ativados por agentes são a nossa obsessão. Queremos que agentes lidem com outros agentes, criando um ecossistema invisível e sem fricção para o consumidor.”

A importância da estrutura e do foco na escalabilidade foi reforçada por Martineau, que defendeu a transição para o modelo AI Driven. “É necessário medir os retornos, garantir governança e investir na estrutura adequada para manter a vantagem competitiva.”

O debate também trouxe reflexões sobre riscos e responsabilidade corporativa. Braga abordou a transparência no uso de dados como fator essencial para conquistar a lealdade dos clientes. Já Eduardo Vasconcelos destacou os desafios na implementação da IA em seu ecossistema. “Nosso público é majoritariamente acima dos 50 anos. Precisamos compreender esse comportamento para aplicar a IA de maneira sensível e eficaz.”

Para finalizar, Deborah perguntou o que, de fato, gera valor com IA. A resposta de Eduardo resume bem o espírito do painel: “Usar a IA como habilitadora do negócio e cuidar das pessoas colaboradoras. Elas precisam entender que a tecnologia não é um risco, mas uma oportunidade.”

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

As melhores notícias de tecnologia B2B em primeira mão
Acompanhe todas as novidades diretamente na sua caixa de entrada
Imagem do ícone
Notícias
Imagem do ícone
Revistas
Imagem do ícone
Materiais
Imagem do ícone
Eventos
Imagem do ícone
Marketing
Imagem do ícone
Sustentabilidade
Notícias relacionadas