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Brazil Climate Summit: challenge de startups marca segunda edição do evento

A segunda edição do Brazil Climate Summit está acontecendo entre os dias 13 e 14 de setembro em Nova Iorque. Além das pautas de energia limpa e reflorestamento, o evento decidiu fazer, pela primeira vez, uma competição entre startups. Chamado #BCCStartupChallenge, teve 95 inscrições, com empresas de nove países e cerca de 89% delas brasileiras. […]

Publicado: 08/12/2025 às 10:00
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Brazil Climate Summit - challenge startups
Construção civil — Foto: Reprodução

A segunda edição do Brazil Climate Summit está acontecendo entre os dias 13 e 14 de setembro em Nova Iorque. Além das pautas de energia limpa e reflorestamento, o evento decidiu fazer, pela primeira vez, uma competição entre startups. Chamado #BCCStartupChallenge, teve 95 inscrições, com empresas de nove países e cerca de 89% delas brasileiras.

“Quando a gente fala de solução para transição climática, está baseada em inovação. É preciso deixar de realizar processos como eram feitos, para ser compatível com a situação climática que a gente está enfrentando. É fazer o que já fazemos, mas emitindo menos carbono. Isso significa substituir processos, produtos, usos, gerenciar os processos produtivos da empresa. Nesse sentido, 100% da solução passa por inovação e um pedaço da inovação é tecnologia”, explica Eduardo Lorea, fundador e CEO da Numerik e um dos idealizadores do projeto.

Cristina Castellan, Chief of Staff do Brazil Climate Summit, também fala sobre a importância da tecnologia citando um dos professores da Universidade de Columbia, que em seu livro fala que, nos próximos 30 anos, precisaremos redesenhar tudo o que consumimos. “Não dá para fazer nessa velocidade sem tecnologia. E por isso quisemos trazer startups para o evento. Não chegaremos nas metas sem a tecnologia.”

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Entre as 95 startups inscritas no challenge do Brazil Climate Summit, as três finalistas eram brasileiras. A DeepESG, uma consultoria para o gerenciamento de emissões de carbono; a trashin, que trata do tema de gestão de resíduos; e a umgrauemeio, que traz uma solução de monitoramento de incêndios florestais que tem aplicação, inclusive, no Pantanal brasileiro.

“A nossa missão é visibilizar para que essas startups tenham uma visibilidade perante potenciais investidores e empresas que tenham interesse nelas. A ideia é continuar com a ideia para os próximos anos e, quem sabe, expandir o challenge”, frisa Lorea.

Para isso, complementa Cristina, o evento custeou as passagens para as finalistas se deslocarem para Nova Iorque e fazerem suas apresentações. “O grande prêmio é a startup poder se beneficiar dessa plataforma que estamos fazendo. Seria muito difícil para esse empreendedor sair do Brasil, vir para os Estados Unidos e tentar encontrar tanta gente.”

A vencedora do challenge do Brazil Climate Summit

Anunciada ainda no final do primeiro dia do evento, a umgrauemeio foi a vencedora da primeira edição do challenge. Osmar Bambini, cofundador e CIO da empresa, em entrevista ao IT Forum, contou um pouco de sua apresentação.

“A empresa nasceu para proteger a agricultura contra incêndio, mas com outro nome e outros sócios. Em 2021, fizemos a pivotagem para a umgrauemeio para conseguirmos a nossa missão, relacionada à escalada dos incêndios no mundo, e não apenas sobre agricultura”, explica.

Nesse contexto, nasceu o projeto Abrace Pantanal, um dos maiores do mundo na preservação ambiental por meio da identificação rápida de incêndios. Para isso, a startup tem uma plataforma que chama Pantera.

“É uma plataforma integrada que tem os três pilares contra incêndios: prevenção, detecção e resposta. Essa é a tríade para qualquer mitigação de risco. Temos módulos de prevenção em que oferecemos alertas de risco diário para clientes (entender se em uma área, por exemplo, vale a pena ligar ou não um trator, pois uma faísca pode ser fatal)”, comenta Bambini.

Para isso, a empresa usa câmeras girando 360 graus e algoritmos para entender os possíveis perigos. As câmeras chegam a detectar focos de incêndio a 50km, mas a média é de 15km a 25km – tanto de dia quanto de noite. Durante o dia, ela capta a fumaça e, durante a noite, a luz, em menos de três minutos, que é o tempo da câmera rodar.  A segunda detecção é feita por satélite – mas ele pode demorar até um dia para identificar o fogo.

“Por fim, há a gestão de recursos. Colocamos todas as informações de vizinhos, de brigadas de incêndio, pontos de água, pontos de referência, melhores rotas e trazemos sempre novas camadas. Entregamos um index de propagação de foco que, a partir da ignição sabemos para onde vai e em quanto tempo. Isso ajuda o brigadista a ter uma contrarresposta e saber onde ele tem que se posicionar”, exemplifica o CIO.

A umgrauemeio está no mercado desde 2016, e no ano passado, faturou R$ 14 milhões. Já conta com clientes como a Suzano, Raízen e a JBS é a patrocinadora do projeto Abrace Pantanal. Agora, está expandindo para outros países, como Portugal, Índia e Estados Unidos.

Sobre o challenge, ele afirma ter emoções contraditórias. “No final do dia, a gente quer que todo mundo tenha o cheque na mesa para resolver os problemas do mundo. Mas é um reconhecimento muito importante, porque está a elite do clima do Brasil. Vai dar uma visibilidade muito grande para algo que não é uma ideia, mas algo que está sendo feito e está funcionando.”

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