Olhe ao seu redor e puxe pela memória as pessoas de seu convívio – ou até mesmo aqueles profissionais que você tem pouco contato ou apenas os segue pelas redes sociais. Quantas delas você tomou conhecimento de terem sido desligadas nos recentes tempos por conta, exclusivamente, da adoção da inteligência artificial? É fato que, como […]
Olhe ao seu redor e puxe pela memória as pessoas de seu convívio – ou até mesmo aqueles profissionais que você tem pouco contato ou apenas os segue pelas redes sociais.
Quantas delas você tomou conhecimento de terem sido desligadas nos recentes tempos por conta, exclusivamente, da adoção da inteligência artificial?
É fato que, como toda tecnologia disruptiva, alterar os cenários e modelos profissionais e operacionais é inevitável.
O que ouço, leio e pesquiso, em boa arte, é um cenário apocalíptico e midiático, na qual a inteligência artificial será a responsável pelas demissões em massa. Aliás, quaisquer dados, análises e pesquisas sobre o assunto rendem manchetes de portais com teor sensacionalista. Mas será isso mesmo? Até que ponto esse panorama é real, em especial na nossa realidade brasileira?
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Vejo – e creio que todos aqui também já se depararam com conteúdos assim – reportagens exemplificando quais profissões serão as mais impactadas pela IA, o que gera um senso de urgência e uma busca para que os profissionais dessas áreas abracem, a qualquer custo, cursos, atualizações e certificações no tema. E isso também os fragiliza mentalmente.
Um exemplo: nos Estados Unidos, relatório da empresa de análise Challenger, Gray e Christmas apontou que, em maio de 2023, cerca de 3.900 dos mais de 80 mil cortes de empregos foram atribuídos à substituição por IA.
Por outro lado, estudo recente da Cisco com mais de 2.500 CEOs globais revelou um cenário paradoxal: 97% dos executivos planejam implementar mais IA em seus negócios, mas apenas 2% se sentem completamente preparados para essa transição.
Spoiler: não exatamente. Mas alguém que sabe como trabalhar com a IA pode, sim te substituir.
No entanto, é importante destacar que a IA também é vista como uma oportunidade para a criação de novos postos de trabalho. Um estudo do Fórum Econômico Mundial, publicado em janeiro de 2025, projeta que, nos próximos cinco anos, a IA poderá gerar 170 milhões de empregos globalmente, enquanto 92 milhões podem ser eliminados, resultando em um saldo positivo.
Obviamente as habilidades técnicas requeridas para as oportunidades geradas são distintas das habilidades dos postos eliminados e a requalificação é crucial.
Não há dados específicos divulgados sobre demissões causadas pela IA no Brasil, mas setores como atendimento ao cliente e serviços financeiros já apresentam sinais de automação crescente.
Para entender mais esse cenário aqui no Brasil, elaborei uma rápida pesquisa sobre demissões causadas pela substituição de funcionários humanos por sistemas baseados em inteligência artificial. Trarei os resultados já na minha próxima coluna com exclusividade para vocês! Clique aqui, responda ao rápido formulário e venha entender também este cenário.
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