Fintechs de crédito são determinantes para o avanço do eConsignado

Por Claudia Amira* Em meio a apostas dos temas que devem capturar o mercado de crédito neste ano, nada se compara ao lançamento do eConsignado, também conhecido como o novo consignado privado. Considerado pelos especialistas do setor o responsável pela maior mudança transformacional do segmento em 2025, a modalidade permitirá acesso a crédito a um […]

Publicado: 07/12/2025 às 23:55
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Imagem ilustrativa destacando várias cédulas de 100 reais sendo seguradas por uma mão feminina, representando conceitos como eConsignado, crédito consignado ou finanças pessoais, em um fundo bege uniforme (PaGol)
Construção civil — Foto: Reprodução

Por Claudia Amira*

Em meio a apostas dos temas que devem capturar o mercado de crédito neste ano, nada se compara ao lançamento do eConsignado, também conhecido como o novo consignado privado. Considerado pelos especialistas do setor o responsável pela maior mudança transformacional do segmento em 2025, a modalidade permitirá acesso a crédito a um importante contingente de trabalhadores, independentemente do porte das empresas e do vínculo trabalhista que mantenham. 

Isso porque, de acordo com a proposta do governo, não será mais necessário um convênio entre o empregador e uma determinada instituição financeira para que o colaborador possa solicitar crédito – nessa nova versão, a Dataprev, que tem todas as informações do eSocial, passa a desempenhar essa função, habilitando a solicitação de recursos em qualquer instituição provedora de crédito. 

Leia também: As iniciativas que marcaram o setor de crédito digital em 2024

Com isso, a expectativa é que o acesso ao crédito consignado privado se multiplique entre três e dez vezes, na avaliação de agentes do ecossistema. Para se ter uma ideia do potencial da iniciativa, atualmente o modelo responde por uma carteira de pouco mais de R$ 40 bilhões, enquanto o popular crédito consignado público ultrapassa os R$ 500 bilhões. 

Nesse cenário, em que o mercado vai se abrir para a participação de outros players, as fintechs de crédito, que hoje desempenham um importante papel na democratização do acesso a serviços e produtos financeiros, possibilitando a inclusão financeira de milhões de brasileiros, tendem a ser determinantes para que mais pessoas se beneficiem do eConsignado. 

Segundo dados da Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2024, realizada pela ABCD e pela PwC Brasil, o segmento expandiu vigorosamente sua base de clientes pessoa física entre 2022 e 2023, saltando de 25,6 milhões para 46,7 milhões, o que representa um aumento de 82%. 

Diante dessa relevância, desde o segundo trimestre de 2024, a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD) mantém interlocução com a Secretaria de Proteção ao Trabalhador (SPT), do Ministério do Trabalho e Emprego,  com o objetivo de alertar os órgãos sobre as especificidades dos modelos de negócios das fintechs de crédito e também sobre a necessidade de garantir  isonomia competitiva, assegurando que as empresas de crédito digital sejam habilitadas a ofertar o eConsignado assim que a nova modalidade for liberada ao mercado. A capilaridade das fintechs de crédito, mais do que comprovada, tende a ser determinante para o sucesso da iniciativa.

*Claudia Amira é diretora-executiva da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital)

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