Inovação em código aberto: o melhor modelo de IA

Há alguns anos, a discussão em torno da inteligência artificial tem oscilado entre hipóteses sobre como melhor treinar, testar e aplicar modelos de IA. De maneira geral, o senso comum tem sido que utilizar modelos maiores pode levar a melhores resultados. Essa abordagem apresenta um dilema: como construir um modelo e aplicá-lo de forma eficaz […]

Publicado: 10/12/2025 às 16:37
Leitura
5 minutos
A imagem representa o conceito de código aberto (open source), mostrando um ambiente de programação. Em primeiro plano, há trechos de código projetados na tela, destacando elementos de sintaxe como , e . Ao fundo, um tablet exibe uma interface de desenvolvimento com arquivos e linhas de código. A iluminação em tons de azul e roxo cria um efeito tecnológico e futurista, remetendo ao universo do desenvolvimento de software e colaboração em projetos de código aberto (inovação, modelo, legado)
Construção civil — Foto: Reprodução

Há alguns anos, a discussão em torno da inteligência artificial tem oscilado entre hipóteses sobre como melhor treinar, testar e aplicar modelos de IA. De maneira geral, o senso comum tem sido que utilizar modelos maiores pode levar a melhores resultados.

Essa abordagem apresenta um dilema: como construir um modelo e aplicá-lo de forma eficaz nas áreas com maior potencial de impacto transformador para o negócio?

Na inteligência artificial para negócios – AI4Biz – esta é uma questão extremamente relevante, pois as empresas buscam as melhores estratégias para incorporar a IA em seu dia a dia, com o objetivo claro de gerar valor ao resolver desafios financeiros, operacionais, logísticos e tecnológicos de maneira mais eficiente.

Esse dilema é bem representado no seguinte exemplo: no estudo mais recente de CEOs focado em IA, publicado pelo IBM Institute for Business Value (IBV), descobrimos que 51% dos CEOs no Brasil acreditam que as empresas que adotarem a IA generativa mais avançada terão uma vantagem competitiva no futuro próximo. No entanto, 74% dos executivos brasileiros destacaram que o êxito do uso dessa tecnologia dependerá mais da aceitação, do engajamento das pessoas e da cultura organizacional do que de suas capacidades técnicas e da própria tecnologia.

Resumindo: as empresas querem inovar, mas não estão dispostas a interromper suas operações nem sacrificar seus objetivos de curto prazo.

Qual é o modelo de IA generativa mais avançado?

A resposta pode não ser a mesma para todas as empresas. Desenvolvimentos recentes na área, incluindo o lançamento do DeepSeek, sugerem que a premissa de construir um modelo maior e mais abrangente não é necessariamente a resposta certa em todas as situações.

A abordagem da IA pelas empresas está enraizada no princípio de que a melhor engenharia otimiza dois fatores críticos: desempenho e custo. Entendemos que as empresas existem em um espectro bastante variado de necessidades, cada uma com requisitos e capacidades únicas. Portanto, a solução de IA mais avançada é aquela que pode resolver com sucesso as necessidades específicas de cada empresa, de seus clientes, parceiros e colaboradores.

Essa ideia sugere que a inovação em código aberto, combinada com os dados certos e implementada em casos de uso específicos que têm impacto tangível para as empresas, é a nova direção da inteligência artificial. Nesse sentido, o foco é incorporar inteligência nas estratégias de dados, transformando informações proprietárias em retornos tangíveis e mensuráveis por meio de ferramentas corporativas desenvolvidas para esse propósito.

Leia mais: Estudo da IBM aponta para maior desempenho financeiro dos bancos com IA generativa

As evidências que apoiam a IA de código aberto são convincentes. O estudo recente “ROI para IA”, realizado pela Morning Consulting, aponta que uso de ferramentas de código aberto para soluções de IA pode estar correlacionado a uma maior viabilidade financeira: 51% das empresas pesquisadas que atualmente utilizam ferramentas de IA de código aberto relatam ver retorno de investimento (ROI) positivo, em comparação com apenas 41% das que não usam código aberto.

Após considerar a mudança na conversa sobre IA em todo o mundo, bem como os desafios que as empresas enfrentam ao decidir como investir em inteligência artificial, há alguns direcionadores que podem ser úteis para navegar na adoção e implementação de IA em 2025:

Selecionar os casos de uso mais relevantes: Compreender os casos de uso que podem ter o maior impacto no negócio é um caminho estratégico para desenvolver e aplicar modelos de IA adequadamente, garantindo eficiência em termos de custo, ao mesmo tempo em que são gerados resultados mensuráveis.

A inovação aberta é fundamental: À medida que avançamos, fica claro que a inovação de código aberto em IA não é apenas uma tendência, mas uma necessidade estratégica. Ao adotar essa abordagem, as empresas podem aprimorar suas capacidades de IA, melhorar sua eficiência operacional e, por fim, criar novos caminhos para o crescimento.

Desenhar sua estratégia de IA: À medida que as empresas avançam em sua jornada de inteligência artificial e testam os casos de uso mais relevantes para elas, também é necessário olhar além e começar a desenhar um roteiro que inclua o armazenamento e a gestão adequados de seus dados, a automação de processos e fluxos de trabalho derivados da análise correta desses dados e, finalmente, a governança desses dados de uma maneira que construa confiança para todos os seus usuários, dentro e fora da empresa.

Este é o momento ideal para as empresas brasileiras começarem a dar esses passos e formular uma estratégia tangível para a geração de valor com IA. O futuro da IA é aberto, eficiente e acessível.

Siga o IT Forum no LinkedIn e fique por dentro de todas as notícias!

As melhores notícias de tecnologia B2B em primeira mão
Acompanhe todas as novidades diretamente na sua caixa de entrada
Imagem do ícone
Notícias
Imagem do ícone
Revistas
Imagem do ícone
Materiais
Imagem do ícone
Eventos
Imagem do ícone
Marketing
Imagem do ícone
Sustentabilidade
Autor
Notícias relacionadas