Busca pelo programa de crédito consignado do governo comprova demanda represada por recursos financeiros

Por Claudia Amira* Lançado no último dia 21 de março, o Crédito do Trabalhador, programa de empréstimo consignado privado do governo federal, movimentou mais de R$ 3,1 bilhões em apenas 13 dias. Esse total, de acordo com dados da Dataprev, corresponde a 501.301 contratos firmados no valor médio de  R$ 6.284,45, e beneficiou 500.083 trabalhadores, […]

Publicado: 06/12/2025 às 04:50
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Imagem com cédulas e moedas de real, moeda oficial do Brasil, dispostas sobre uma superfície preta. Ao lado das cédulas e moedas, há uma calculadora azul e branca e uma caneta metálica prateada (reforma tributária, governo)
Construção civil — Foto: Reprodução

Por Claudia Amira*

Lançado no último dia 21 de março, o Crédito do Trabalhador, programa de empréstimo consignado privado do governo federal, movimentou mais de R$ 3,1 bilhões em apenas 13 dias. Esse total, de acordo com dados da Dataprev, corresponde a 501.301 contratos firmados no valor médio de  R$ 6.284,45, e beneficiou 500.083 trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Apenas alguns dias depois da divulgação dos primeiros números, a Fitch publicou relatório afirmando que a iniciativa já havia superado os R$ 4,4 bilhões em operações, somando 783.064 contratos. Em uma análise sobre o programa, a agência de rating fez questão de destacar que a medida “pode resultar em um ambiente de crédito mais estável”, além de aumentar a inclusão financeira. 

O texto ressaltou que a novidade “aumentará a concorrência ao remover barreiras à entrada, especialmente a bancos de pequeno porte e fintechs, que foram os primeiros a adotá-lo”, acrescentando que “a iniciativa também pode dar acesso ao sistema bancário a milhões de trabalhadores que hoje não são elegíveis ou não têm acesso a produtos de crédito tradicionais”.

Leia mais: Golpes financeiros causam mais de R$ 10 bilhões em perdas e ganham fôlego na esteira de novos produtos

Inicialmente disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital, para celetistas e também para empregados domésticos, trabalhadores rurais e colaboradores de microempreendedores individuais (MEI), o Crédito do Trabalhador e seu sucesso já em seus primeiros dias comprovaram a existência de uma enorme demanda represada por recursos financeiros – a tendência é que os números saltem ainda mais quando a contratação por meio das plataformas digitais dos bancos passarem a ser computadas. 

Não por acaso, a expectativa é que em quatro anos o programa atenda até 25 milhões de brasileiros, com potencial para desempenhar um papel determinante na troca de empréstimos pessoais por opções mais baratas, com juros e condições melhores de pagamento. O que vem a calhar em um contexto de 75 milhões de endividados registrados pelo Mapa da Inadimplência de fevereiro. 

Com o avanço do Crédito do Trabalhador, que gradativamente passa a ser ofertado por mais instituições financeiras, incluindo as fintechs, consolidadas como players relevantes para democratização do acesso a recursos financeiros, o programa desponta como a principal mudança transformacional no segmento de crédito dos últimos anos, com capacidade de desempenhar papel fundamental para a inclusão financeira de parcela relevante da população que ainda não vive de forma economicamente plena.

*Claudia Amira é diretora-executiva da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD)

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