SUSECON 25, dia 2, aprofundando os conceitos e anúncios

O segundo dia do SUSECON, da SUSE, foi bastante rico em anúncios e relatos de casos de sucesso de clientes. Mas antes de contar o que aconteceu, visando homogeneizar os conceitos para quem estiver lendo, acho importante explicar alguns tópicos referentes ao mundo SUSE. Confesso que muitas coisas foram novidades para mim e estou aprendendo […]

Publicado: 10/12/2025 às 12:32
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SUSE/Divulgação
Construção civil — Foto: Reprodução

O segundo dia do SUSECON, da SUSE, foi bastante rico em anúncios e relatos de casos de sucesso de clientes. Mas antes de contar o que aconteceu, visando homogeneizar os conceitos para quem estiver lendo, acho importante explicar alguns tópicos referentes ao mundo SUSE. Confesso que muitas coisas foram novidades para mim e estou aprendendo muito.

Tudo começa com a criação do Linux, cuja primeira versão oficial (versão 0.01), foi lançada em 1991. Esse projeto foi iniciado por Linus Torvalds, um estudante de ciência da computação na Universidade de Helsinki, na Finlândia. Ele desenvolveu o Linux como um hobby, inspirado pelo sistema operacional MINIX, com o objetivo de criar um núcleo de sistema operacional gratuito e acessível e que pudesse crescer com o tempo.

Este sistema operacional por ser de código aberto amealhou inúmeras pessoas fazendo colaborações e ampliando o sistema. Relembro que a SUSE foi criada em 1992, no ano seguinte. A partir destas versões abertas foram criadas muitas distribuições de Linux, cada qual com suas pequenas diferenças e associadas a diversas marcas ou nomes, sendo SUSE uma dessas distribuições.

Mas a partir daí, a coisa foi ficando bastante séria. Aquilo que começou com Linus Torvald, como um hobby, foi recebendo camadas e mais camadas de funcionalidades incluindo recursos de conectividade e segurança. A SUSE mantém a versão de código aberto do seu Linux, que permanece gratuito como fora a visão de Linus Torvald, mas obviamente oferece a ferramenta paras as grandes empresas que dependem da sua alta tecnologia um serviço especializado de manutenção e suporte. Dessa forma, consegue suprir as necessidades deste tão complexo e dinâmico mercado de tecnologia.

Por fim, empresas como a SUSE desenvolveram funcionalidades relacionadas à estabilidade, robustez e confiabilidade para distribuição e publicação de aplicações. Atualmente, esses atributos são atingidos basicamente utilizando diversos conceitos, entre eles Contêiners e Kubernetes, que merecem uma breve explicação:

Containers: container é como uma pequena caixa na qual dentro dela, você coloca um aplicativo e tudo que ele precisa para funcionar (como arquivos, bibliotecas e configurações). Assim, ele pode rodar em qualquer lugar, seja no seu computador ou em servidores na nuvem, sem se preocupar com “funciona aqui, mas não ali”.

Kubernetes: agora imagine que você tem um monte dessas caixinhas (containers) e precisa organizá-las, garantir que estejam funcionando, movê-las de um lugar para outro, substituir caixinhas quebradas ou até aumentar a quantidade delas para atender mais pessoas quando a demanda cresce. Kubernetes é como o gerente dessa “fábrica de caixinhas”. Ele organiza, monitora, e gerencia os containers automaticamente, tornando tudo mais eficiente e confiável.

Resumindo: containers carregam os aplicativos, e o Kubernetes cuida de administrar e orquestrar esses containers. Fiz questão de fazer essa introdução porque tudo isso está no cerne das soluções da SUSE.

O dia 2 propriamente dito, anúncios e novidades

Neste segundo dia, houve uma quantidade muito grande de anúncios relacionados às evoluções da plataforma. Vou descrever brevemente cada um deles:

SUSE Security se integra ao Microsoft Sentinel e ao Microsoft Security Copilot para habilitar a resposta automatizada a ameaças

A integração entre a SUSE Security e o Microsoft Sentinel, anunciada na SUSECON hoje, oferece uma postura de segurança empresarial aprimorada para uma proteção mais completa contra ameaças. Essa integração, potencializada pelas capacidades de IA generativa do Microsoft Security Copilot, permite uma abordagem de segurança unificada em ambientes de TI híbridos.

Com um painel de segurança centralizado, os clientes têm uma visão mais ampla das ameaças e podem responder a elas com ações automatizadas. O Microsoft Sentinel gera alertas e isola automaticamente os nós comprometidos, enquanto o Security Copilot analisa os dados e fornece recomendações de mitigação de ameaças. Essa colaboração melhora a visibilidade, acelera a resposta a incidentes, detecta ataques sofisticados e simplifica as operações de segurança, fortalecendo a postura de segurança das empresas.

Inovações do SUSE Rancher Prime trazem evoluções para empresas

Há diversas inovações em cloud native que foram divulgadas durante o SUSECON 2025, reforçando sua liderança em gerenciamento de contêineres empresariais. As melhorias incluem avanços em virtualização, observabilidade, segurança, experiência do desenvolvedor e ofertas SaaS, consolidando o SUSE Rancher Prime como a plataforma preferida para gerenciar workloads cloud-native de forma segura e escalável.

Destaques incluem a integração do SUSE Rancher para aplicações SAP, certificação com a plataforma bancária Temenos Core, e o lançamento do SUSE Private Registry. Além disso, a SUSE expandiu suas ofertas SaaS com o SUSE Rancher Hosted e o SUSE Application Collection no AWS Marketplace.

SUSE oferece liberdade de escolha com novos avanços do Enterprise Linux:

A SUSE anunciou várias melhorias em sua suíte principal de soluções Linux. Essas melhorias reforçam o compromisso contínuo da SUSE em apoiar os clientes com uma abordagem aberta e centrada no ecossistema, especialmente em um mercado onde a consolidação reduz as opções de infraestrutura de TI.

Entre as novidades estão o suporte expandido para Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e CentOS Linux, melhorias no SUSE Multi-Linux Manager 5.1, e o lançamento do SUSE Linux 15 SP7 e SUSE Linux 16. Essas atualizações visam acelerar a transformação digital, reduzir custos e melhorar a eficiência, oferecendo uma solução flexível, segura e escalável para a gestão de ambientes Linux diversificados.

Novo SUSE Rancher para aplicativos SAP permite integração híbrida perfeita para empresas:

A SUSE anunciou o lançamento do SUSE Rancher para aplicações SAP, uma solução inovadora que permite às empresas integrar seus sistemas e soluções em nuvem da SAP de forma contínua. Construída inteiramente com tecnologia de código aberto, a solução oferece flexibilidade, segurança e continuidade operacional para operações críticas da SAP em cenários de nuvem híbrida.

Com mais de 25 anos de parceria com a SAP, a SUSE continua a fornecer infraestrutura confiável e validada, garantindo a continuidade dos negócios e a excelência operacional. O SUSE Rancher para aplicações SAP inclui suporte prioritário e todos os componentes validados pela SAP necessários para suportar aplicações nativas de contêineres, como SUSE Rancher Prime, SUSE Rancher Kubernetes Engine (RKE2), Linux e bancos de dados. A solução é otimizada para departamentos de SAP, reduzindo a complexidade e alinhando-se à arquitetura de soluções SAP, além de ser projetada para suportar futuras tecnologias SAP.

Análise

Em um mundo no qual as necessidades de sistemas que se interconectam são tão grandes e tão críticas, nada pode falhar. Robustez e eficiência é tudo o que as empresas precisam, porém, mediante a um custo que seja acessível. Participando da SUSECON 25 entendi que além do caráter altamente técnico das equipes internas da SUSE, que desenvolvem e aprimoram os serviços oferecidos, há um crescimento de funcionalidades mediante aquisições de empresas que tem soluções que possam somar as necessidades da empresa e de seus clientes.

Mas a estratégia adotada pela SUSE tem sido muito interessante. Ao invés de adquirir empresas com soluções que poderiam ser pontuais no mercado, ou seja, que poderiam ser vendidas como produtos separados, a empresa tem agregado mais e mais ricas funcionalidades no seu produto RANCHER, que é hojem, sem dúvidas, um dos carros chefes da companhia, incluindo recursos de segurança, gestão de ambiente Edge etc.

Não é apenas a SUSE que faz isso no desenvolvimento de seus produtos, mas existe uma linha tênue e bastante delicada que divide a melhor eficiência no mercado dessas incorporações de funcionalidades em produtos existentes ou torná-los produtos independentes. No caso do RANCHER, em suas diferentes versões, entendo que foi uma decisão bastante acertada essa abordagem.

O dia 2 aqui na SUSECON 25 foi muito rico e com diversas apresentações de cases de sucesso com clientes. Mas vou guardar algumas dessas histórias para a próxima publicação para que esse texto que era para ser uma breve referência do evento não fique ainda maior do que já está. Até o próximo texto!

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