Promover mudanças de cultura e implementar modelos de gestão de trabalho são os principais obstáculos para a transformação digital, aponta estudo da Robert Half, em parceria com o Núcleo de Estudos de Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas do Insper. Modificar a cultura é o desafio organizacional que 37% das empresas de médio porte estão menos […]
Promover mudanças de cultura e implementar modelos de gestão de trabalho são os principais obstáculos para a transformação digital, aponta estudo da Robert Half, em parceria com o Núcleo de Estudos de Comportamento Organizacional e Gestão de Pessoas do Insper. Modificar a cultura é o desafio organizacional que 37% das empresas de médio porte estão menos preparadas para enfrentar. Adequar o modelo de gestão e trabalho preocupa 32% das empresas de pequeno porte e 35% das empresas de grande porte, revela a pesquisa.
“Os gestores precisam ter em mente que, para além de uma infraestrutura tecnológica eficiente, as companhias precisam desenvolver um ativo humano competente, motivado e experiente, capaz de desenvolver uma cultura de experimentação e disposição à tomada de riscos”, analisa Caio Arnaes, diretor de Recrutamento da Robert Half. Este investimento, segundo ele, viabiliza um modelo de gestão e trabalho ágil e mais flexível.
Quanto às áreas prioritárias de investimento para a transformação digital para as empresas de pequeno porte, são elas: operações, produção e serviços (29%) e marketing, vendas e relacionamento com clientes (26%).
Investir em sistemas de gestão empresarial é prioridade para 24% das empresas de médio porte e 31% das de grande porte a prioridade. Já os gastos com marketing, vendas e relacionamento com clientes são prioritários para 23% das empresas de médio porte e 29% das de grande porte.
Edvalter Becker Holz, professor da trilha de liderança e gestão de pessoas do Insper, avalia que esses resultados indicam que a maioria das empresas ainda está em fase de digitalização, apesar da pandemia, na qual a prioridade é implementar uma infraestrutura técnica capaz de viabilizar transações, produtos e serviços de natureza digital em diferentes áreas.
“Para realizar uma transformação efetiva e se tornarem capazes de criar valor por meio de tecnologias digitais, elas ainda precisam enfrentar o desafio de transformar o ambiente organizacional”, acrescenta.
O mapeamento também elencou as tecnologias digitais que estão entre as prioridades para as empresas. No geral, 11 tipos de tecnologias foram citados, sendo a computação em nuvem e as tecnologias de colaboração apontadas como prioritárias. Em terceiro lugar, aparece inteligência artificial, com 14%.
“Vale dizer que as tecnologias que possibilitam maior diferenciação na geração de valor, como analytics, big data, internet das coisas e aprendizado de máquina, ainda não são prioridade para as empresas, o que evidencia o estágio de baixa maturidade da transformação digital entre as empresas”, completa Holz.
O estudo da Robert Half em parceria com o Insper entrevistou integrantes de 300 empresas atuantes no Brasil, durante junho, das quais 50% de capital aberto e 50% de capital fechado. A amostra é composta igualmente por empresas de pequeno, médio e grande portes, e os entrevistados são cem chief information officers (CIOs), cem chief financial officers (CFOs) e cem general managers (GMs).
