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MediaTek estima chegada do Wi-Fi 8 para 2028

O Wi-Fi 7, nova geração de redes sem fio, mal chegou ao mercado, mas a MediaTek, empresa taiwanesa de soluções de semicondutores, já está de olho no próximo padrão da tecnologia, o Wi-Fi 8. Durante um encontro com jornalistas em São Paulo, nesta quinta-feira (21), a companhia antecipou algumas informações sobre seu trabalho com a […]

Publicado: 10/12/2025 às 05:17
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Imagem de um smartphone exibindo o logotipo da MediaTek em destaque, com fundo desfocado em tons de azul que remete a um ambiente tecnológico. A imagem transmite inovação e avanço em tecnologia de chips e dispositivos móveis
Construção civil — Foto: Reprodução

O Wi-Fi 7, nova geração de redes sem fio, mal chegou ao mercado, mas a MediaTek, empresa taiwanesa de soluções de semicondutores, já está de olho no próximo padrão da tecnologia, o Wi-Fi 8. Durante um encontro com jornalistas em São Paulo, nesta quinta-feira (21), a companhia antecipou algumas informações sobre seu trabalho com a Wi-Fi Alliance e outras empresas para o desenvolvimento da tecnologia.

De acordo com a MediaTek, a próxima geração do Wi-Fi deverá trazer melhorias na qualidade de comunicação entre dispositivos, mas não um salto tão grande na taxa de transferência de dados – ou o chamado throughput – como o que foi observado do Wi-Fi 6 para o Wi-Fi 7, por exemplo. “O que nós já estamos trabalhando neste momento é em melhorias de performance na parte de interferência”, disse Davi Bregula, gerente sênior da MediaTek para a divisão de Banda Larga. “Você não vai ter um salto tremendo de throughput, mas uma minimização de interferências.”

Leia mais: IA generativa desenha nova era de smartphones

Um dos novos recursos previstos para a próxima geração de conectividade móvel é o chamado Coordinated Spatial Reuse (Co-SR). A tecnologia promove um ajuste coordenado da potência de roteadores para reduzir a interferência e poderá ser útil, por exemplo, em redes mesh – evitando que dois ou mais pontos de Wi-Fi gerem disrupção mútua de sinal.

Outros avanços incluem o Coordinated Beamforming (Co-BF), que permitirá uma irradiação do sinal Wi-Fi de forma coordenada para melhorar a performance; novos MSCs, que minimizarão a redução da velocidade enquanto o dispositivo se afasta do roteador; e a Dynamic Sub-channel Operation (DSO), que otimizará o espectro em ambientes com alta densidade de usuários.

Em termos de bandas, Bregula afirmou que a tecnologia deverá permanecer nas três bandas de 2,4 GHz, 5 GHz e 6 GHz. “A gente não escuta falar de novas bandas”, pontuou.

Sobre as expectativas de lançamento da tecnologia, a empresa destacou que o padrão deve ser finalizado em 2028, com dispositivos chegando ao mercado no mesmo ano. “Devemos seguir o que aconteceu com o padrão do Wi-Fi 7. Quando sair o padrão, devemos ter dispositivos prontos um mês depois”, disse o country manager da MediaTek no Brasil, Samir Vani. Ainda em 2027, no entanto, dispositivos de teste, pré-homologação, já deverão estar disponíveis para operadoras.

Inteligência artificial e Wi-Fi 7

A MediaTek afirma ter hoje cerca de 13% de penetração de mercado em Wi-Fi 7, incluindo roteadores e dispositivos. Para 2025, a companhia espera atingir até um quarto do mercado global. “No Brasil, ainda estamos fazendo a transição do Wi-Fi 5 para o Wi-Fi 6”, afirmou Décio Farias, gerente de Business Development da MediaTek. “Mas a gente já começa a ver alguns projetos chegando também com o Wi-Fi 7.”

Lançado oficialmente em janeiro deste ano, o padrão Wi-Fi 7 trouxe melhorias voltadas para a velocidade de acesso, latência e capacidade de transmissão de dados para o usuário, com até 1 Gbps na frequência de 2,4 GHz. Suas aplicações prometem melhorias para experiências como streaming de vídeo, jogos em realidade virtual (VR) e aumentada (AR) e para dispositivos de Internet das Coisas (IoT).

A companhia ainda tem trabalhado na evolução do padrão, incluindo investimentos em ferramentas de Inteligência Artificial (IA) para alavancar novas funcionalidades. Uma delas é a Operação Multi-link (MLO), que emprega IA para priorizar e distribuir os pacotes de dados de forma mais eficiente, garantindo que a transmissão ocorra nas frequências disponíveis com maior espectro, seja 6 GHz ou 5 GHz, aumentando a velocidade para o usuário.

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