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Na América Latina, somente 8% das empresas obtêm retorno com IA

Um estudo feito pela Boston Consulting Group (BCG), em parceria com a Sloan School of Management do MIT, revelou que apesar do hype em torno da Inteligência Artificial (IA), apenas 8% das empresas da América Latina conseguem obter retorno financeiro significativo com o uso da tecnologia. Globalmente o índice não é muito mais expressivo: 10%. […]

Publicado: 07/12/2025 às 09:36
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Construção civil — Foto: Reprodução

Um estudo feito pela Boston Consulting Group (BCG), em parceria com a Sloan School of Management do MIT, revelou que apesar do hype em torno da Inteligência Artificial (IA), apenas 8% das empresas da América Latina conseguem obter retorno financeiro significativo com o uso da tecnologia. Globalmente o índice não é muito mais expressivo: 10%.

O estudo é baseado em uma pesquisa com mais de 3 mil gerentes de 29 setores em 112 países, além de entrevistas com especialistas do segmento.
A maioria das empresas respondentes no mundo (57%) afirmam estão testando ou implantando inteligência artificial, enquanto 59% afirmam ter algum tipo de estratégia. Esses números revelam aumento frente a outro estudo feito três anos antes.

Pressões competitivas são o principal impulsionador do movimento. Na América Latina, 90% dos entrevistados afirmam que o uso de IA permitirá obter ou manter vantagem competitiva, e 83% que a adoção de ferramentas permitirá a criação de novos negócios. A média global para essas afirmações é de 87% e 78%, respectivamente.

Segundo o estudo, dados, tecnologia e talentos em torno de uma estratégia corporativa de IA não são suficientes para obter retorno, já que apenas 20% das empresas obtêm benefícios apesar de contar com esses requisitos.

Caminhos da rentabilidade

Segundo a BCG, para que obtenham resultados significativos as organizações precisam somar a capacidade de aprender aos recursos de inteligência. Com o aprendizado organizacional, as probabilidades de ter retornos financeiros significativos podem aumentar para 73%.

A pesquisa também destaca o papel do aprendizado mútuo entre humanos e máquinas na geração de valor da inteligência artificial. Empresas que utilizam vários tipos de interação e feedback dessa relação têm seis vezes mais chances de amplificar seu sucesso.

Aplicações isoladas de IA podem ser poderosas, mas as organizações que obtiveram melhores resultados aprenderam com a tecnologia a alterar processos. Para o BCG a chave não é apenas ensinar ou aprender com as máquinas, mas ter uma relação mútua de aprendizado, de forma sistemática e contínua.

Medidas de investimento

A construção de capacidades básicas – como infraestrutura, talento e estratégia de IA – pode aumentar em 19% a probabilidade de obter benefícios significativos. Já o escalamento da IA em diferentes dimensões de uso e ir além da automação aumenta a probabilidade em outros 18%.

Por fim, alcançar o aprendizado organizacional com IA (com base em vários modos de interação entre humanos e máquinas) e criar loops de feedback entre humanos e IA aumenta essa probabilidade em outros 34%.

O estudo na íntegra pode ser acessado por meio deste link.


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