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Brasil é país que mais sofre com falta de profissionais da indústria 4.0

O Brasil é o país que mais sofre com a escassez de profissionais especializados no setor de manufatura, identificou um novo estudo da Gi Group Holding. De acordo com o levantamento, 88% das empresas brasileiras do setor consultadas relatam ter dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados. O índice é superior à média global, que ficou em […]

Publicado: 11/12/2025 às 19:47
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Construção civil — Foto: Reprodução

O Brasil é o país que mais sofre com a escassez de profissionais especializados no setor de manufatura, identificou um novo estudo da Gi Group Holding. De acordo com o levantamento, 88% das empresas brasileiras do setor consultadas relatam ter dificuldades em encontrar trabalhadores qualificados. O índice é superior à média global, que ficou em 66%.

Os achados da pesquisa reforçam um grande desafio para as empresas que buscam avançar a Indústria 4.0. Para a pesquisa “Tendências Globais de RH no setor de Manufatura – 2023” foram ouvidos 240 tomadores de decisão de empresas no setor de indústria de transformação, em seis países: Brasil, China, Alemanha, Itália, Polônia e Reino Unido.

No Brasil, a falta de profissionais qualificados no nível operacional é a segunda dificuldade mais listada pelas empresas para a implementação das tecnologias da Indústria 4.0. Ela só fica atrás do custo de equipamentos, citado por 65% dos entrevistados. O estudo também observou que, além da automação, a sustentabilidade está entre as principais tendências que estão conduzindo a indústria da transformação globalmente.

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De acordo com o relatório, de fato, 84% das empresas nos seis países pesquisados já introduziram ferramentas de transformação digital. No Brasil, esse percentual é de 85%.

Novos empregos e automação

Apesar do avanço da automação, entre as empresas instaladas no Brasil, 44% delas acreditam que a força de trabalho continuará sendo crucial no futuro. Já para um terço (33%), a automação criará novos empregos que não existiam antes e para 31%, os trabalhadores serão realocados em novos empregos. Por outro lado, a automação pode representar um risco para os trabalhadores com competências insuficientes e consideradas obsoletas.

No Brasil, 38% das empresas afirmam que muitos trabalhadores não possuem atualmente as competências adequadas para novos empregos, o que realça o papel crucial que a formação desempenhará cada vez mais nos próximos anos.

Habilidades e perfis

Entre as habilidades mais esperadas dos profissionais operários estão a experiência com ferramentas e máquinas especializadas (68%), bem como treinamento especializado (78%), enquanto para profissionais especializados será crucial possuir habilidades digitais e de gerenciamento de projetos (73%) e conhecimento de línguas estrangeiras (73%).

Já quanto aos perfis mais procuradores, o relatório revelou que 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a demanda por perfis profissionais específicos mudará profundamente nos próximos anos, à medida que a manufatura evolui.

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Quando se trata de trabalhadores operários, as empresas no futuro próximo procurarão principalmente: Operador de produção, Técnico de processo, Operador de máquinas e dispositivos, Controlador de qualidade e Trabalhador de laboratório. Já as funções especializadas mais solicitadas são: Gestor de projeto, Planejador de Suprimentos, Gerente de Garantia de Qualidade, Planejador de produção e Gerente de logística.

Carlos Henrique Martins Tonnus, presidente da Gi Group Holding no Brasil, destaca que a realidade observada pelo estudo também cobra das empresas estratégias para lidar com a escassez de mão de obra especializada.

“Estamos nos movendo em direção a um futuro em que o treinamento e a aprendizagem ao longo da vida serão mais importantes do que nunca para ajudar as pessoas a alcançar seus objetivos de vida e carreira e permitir que as empresas superem a escassez de força de trabalho e aproveitem as oportunidades da mudança tecnológica. Nesse sentido, nossa pesquisa constatou que até 87% das empresas já planejaram treinamentos internos ou externos sobre o uso e gestão de ferramentas digitais, sendo que no Brasil esse índice é de 95%”, afirma Tonnus.

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