As instituições financeiras intensificaram investimentos em inteligência artificial e machine learning durante a pandemia para driblar o aumento dos crimes financeiros. Segundo um estudo da Associação de Especialistas Certificados contra a Lavagem de Dinheiro (ACAMS), em parceria com a KPMG e com o SAS, um terço dessas organizações aderiram a essas tecnologias no período, principalmente […]
As instituições financeiras intensificaram investimentos em inteligência artificial e machine learning durante a pandemia para driblar o aumento dos crimes financeiros. Segundo um estudo da Associação de Especialistas Certificados contra a Lavagem de Dinheiro (ACAMS), em parceria com a KPMG e com o SAS, um terço dessas organizações aderiram a essas tecnologias no período, principalmente para melhorar a qualidade das investigações e resposta às autoridades regulatórias (40%) e também para reduzir falsos positivos e custos operacionais (38%).
“As tecnologias de inteligência artificial e machine learning são dinâmicas por natureza, capazes de se adaptar inteligentemente às mudanças do mercado e aos riscos emergentes – e podem ser integradas aos programas de conformidade existentes rapidamente, com o mínimo de interrupção. Os primeiros adotantes estão ganhando eficiências significativas enquanto ajudam suas instituições a cumprir com as crescentes expectativas regulatórias”, analisou David Stewart, diretor de crimes financeiros e compliance da SAS.
Além disso, os dados apontam que 60% das entrevistadas já adotaram ou planejam adotar IA nos próximos 12 a 18 meses. O levantamento revela que 57% das que implantaram IA/machine learning em seus processos de aderência contra lavagem de dinheiro possuem projetos-piloto de inteligência artificial ou planejam implementá-las nos próximos 12-18 meses.
Quase metade (49%) dos entrevistados se identificaram como os principais usuários de IA, líderes de IA ou inovadores, ou “seguidores rápidos”. Outros 29% adotam a tecnologia assim que ela atinge um grande número de pessoas e as indústrias, enquanto apenas 22% dos entrevistados se declararam usuários tardios. Um dado que chama a atenção é que 66% consideram os reguladores dos processos de lavagem de dinheiro como apoiadores dessas tecnologias.
A boa notícia é que a adoção de tecnologia não se concentra apenas entre as grandes organizações. Enquanto 28% das grandes instituições financeiras (aquelas com ativos superiores a US$ 1 bilhão), consideram-se inovadoras e adotaram rapidamente inteligência artificial, 16% das instituições financeiras menores (aquelas avaliadas abaixo de US$ 1 bilhão) também se compreendem como líderes do setor na adoção da tecnologia IA.
Sobre como a pandemia pode afetar o ritmo de adoção de IA/ML das organizações, 39% disseram que é provável que seguirão sem alterar sua linha do tempo; 33% que provavelmente adotariam mais cedo devido aos desafios adicionais trazidos pela pandemia, e 28% que provavelmente adotarão mais tarde do que planejado devido à Covid-19.
