falta de profissionais de tecnologia
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92% das startups concordam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil

Até o final de 2030, mais de 85 milhões de empregos não serão preenchidos no mundo, pois não existirão pessoas qualificadas para ocupá-los. No Brasil, o cenário projetado entre os anos de 2021 e 2025 não foge desse contexto: 800 mil é a demanda projetada por novos talentos, 53 mil é o número de profissionais […]

Publicado: 08/12/2025 às 22:27
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4 minutos
André Barrence, head do Google for Startups para a América Latina
Construção civil — Foto: Reprodução

Até o final de 2030, mais de 85 milhões de empregos não serão preenchidos no mundo, pois não existirão pessoas qualificadas para ocupá-los. No Brasil, o cenário projetado entre os anos de 2021 e 2025 não foge desse contexto: 800 mil é a demanda projetada por novos talentos, 53 mil é o número de profissionais que irão se graduar anualmente e 530 mil é o déficit de profissionais até 2025.

“É muito nítido que a gente caminha para uma situação em que o déficit de profissionais é um problema bastante estrutural”, alerta André Barrence, head do Google for Startups para a América Latina. Segundo o executivo, entramos em uma reflexão importante do custo/oportunidade de não agir. Ao pensar no panorama global e, mais do que nunca, no mercado de tecnologia, acontece em uma cadeia extremamente globalizada. O Brasil está na terceira posição no G20 entre os países que mais estão mais desperdiçando a oportunidade de aumentar o PIB com a capacitação e formação das pessoas.

“O custo de não agir e não fazer algo para tentar diminuir esse déficit é altíssimo não só para o presente, mas quando pensamos no futuro e nas próximas gerações”, diz ele.

Nesse contexto, o Google for Startups apresentou a pesquisa “Panorama de talentos em tecnologia”, encomendado à Abstartups e à Box 1824, que aborda de que maneira desafios como falta de qualificação, senioridade e diversidade levam à escassez destes profissionais no setor de tecnologia no Brasil.

No total, 92% das startups concordam que faltam profissionais de tecnologia no Brasil. O relatório. Ao detalhar a questão da falta expressiva de talentos qualificados, 84% das startups entrevistadas afirmaram que o mercado de tecnologia brasileiro não desenvolve o número de profissionais seniores necessários para ocupar vagas que exigem mais experiência e especialização.

Leia mais: Compass UOL quer acelerar uso de tecnologias emergentes

“Essa disputa por talentos não é mais entre startups, mas por praticamente todas as empresas que passaram por um processo extremamente acelerado de transformação digital e por todo o mercado internacional que agora disputa talentos ao redor do mundo”, revela André.

Os profissionais que são especialistas buscam e são alvos constantes de melhores oportunidades, principalmente fora do país. Entre as startups consultadas, 73% concordam que existem condições mais atrativas para talentos em tecnologia internacionalmente e 60% dizem que a remuneração no mercado brasileiro não é competitiva quando comparada a mercados internacionais.

O estudo indica ainda que as oportunidades para profissionais de tecnologia estão concentradas no Sudeste do país: 62% das vagas estão nesta região, sendo 43% delas apenas no estado de São Paulo. Além da barreira regional, há ainda mais obstáculos no mercado de tecnologia para mulheres e pessoas negras, sendo que 57% das startups enxergam o mercado de tecnologia atual como excludente para mulheres e 55% o veem como excludente para pessoas negras.

Entre os principais gaps para a contratação de profissionais, as startups citam:

  • Quantidade de profissionais qualificados. Falta expressiva de profissionais qualificados para atender à crescente demanda;
  • Senioridade desses profissionais. A necessidade de um profissional mais experiente aumenta de forma fatal o tempo até a primeira renda;
  • Mercado homogêneo. Os profissionais atuantes estão altamente concentrados na região sudeste e pertencem a grupos poucos diversos.

“Na hora da contratação e preenchimento das posições, é quando a gente vê essa lacuna ainda mais difícil de ser suprida. Quando a gente olha, apenas 7% das startups acreditam ter todas as competências profissionais que elas precisam em seus times para desenvolver seus negócios e crescerem”, pondera André.

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