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Vitru Educação

Na Vitru Educação, projetos de IA generativa são guiados por valor

A Vitru Educação não perdeu tempo em se preparar para o impacto da Inteligência Artificial (IA) generativa no setor da educação. Assim que a OpenAI lançou o ChatGPT publicamente, no final de 2022, a companhia começou a estudá-lo internamente para estabelecer as regras de governança necessárias ao uso efetivo pelos colaboradores. O resultado foi uma […]

Publicado: 10/12/2025 às 06:48
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Vitru Educação Laerte Franco
Construção civil — Foto: Reprodução

A Vitru Educação não perdeu tempo em se preparar para o impacto da Inteligência Artificial (IA) generativa no setor da educação. Assim que a OpenAI lançou o ChatGPT publicamente, no final de 2022, a companhia começou a estudá-lo internamente para estabelecer as regras de governança necessárias ao uso efetivo pelos colaboradores.

O resultado foi uma iniciativa chamada “Geração IA“, que combinou esforços das áreas de negócios, incluindo operações e a área acadêmica, com os times de tecnologia, com o objetivo de determinar o caminho mais eficaz para a implementação da tecnologia. “Precisávamos do envolvimento de toda a empresa”, afirmou Laerte Kerber Franco, diretor de TI da Vitru Educação, em entrevista ao IT Forum.

Além de estabelecer os parâmetros básicos para o uso interno da IA, o programa buscou gerar ideias para novos produtos e ofertas para a Vitru. Ao todo, 120 ideias foram geradas durante a atuação do grupo, cada uma com um nível diferente de maturidade. Dessas, doze foram selecionadas e desenvolvidas ao longo de 2023, sendo transformadas em ações de negócio.

“Deixamos de apenas observar o que as pessoas estavam fazendo e passamos a ser ainda mais proativos: buscávamos problemas internamente e gerávamos soluções”, relatou Kerber Franco.

Com o tempo, o Geração IA amadureceu e se transformou na iniciativa que hoje é chamada VitruLab. Foi lá que se desenvolveu, por exemplo, o Entrevistador Virt.UAU, uma das principais aplicações de IA generativa da organização, atualmente em uso na Unicesumar.

A solução, desenvolvida em parceria com a AWS, simula entrevistas de emprego e oferece feedback imediato aos estudantes. O objetivo é criar uma experiência educacional que prepare o aluno e aumente suas chances no mercado de trabalho. A ferramenta foi apresentada no Hack Town, em Santa Rita do Sapucaí, e testada por centenas de participantes do evento em uma interação com óculos de realidade virtual.

Leia mais: O impacto ambiental da inteligência artificial: caminhos para um futuro sustentável

Durante a simulação, a IA avalia competências como comunicação efetiva, linguagem corporal, autoconhecimento e gerenciamento de estresse e nervosismo. Nos testes, a ferramenta obteve 86,7% de aprovação entre os alunos que a utilizaram. Para 2025, está previsto o lançamento também para os alunos da Uniasselvi.

Paralelamente, a Vitru está desenvolvendo uma segunda iniciativa de IA generativa, ainda mais ambiciosa: a SofIA. A plataforma tem uma abordagem multidisciplinar e visa ser um ponto de contato entre os estudantes e a Uniasselvi em todas as etapas da vida acadêmica.

Por meio de prompts, a SofIA atua como apoio ao tutor, resumindo conteúdos, destacando tópicos principais, elaborando questões e auxiliando na compreensão de textos. A ferramenta também apoia os alunos na obtenção de informações sobre a instituição, como dados sobre boletos, matrículas e diplomação.

“É o que chamamos de jornada do aluno. Queremos ter um único bot que possa ser aplicado em todos os pontos possíveis. Já temos um mapa dessa jornada”, afirmou o diretor de TI.

Inicialmente, a ferramenta foi disponibilizada para 18 mil alunos, alcançando uma taxa de assertividade de 77% nos testes internos e 71% nos realizados com os próprios estudantes. Com esses resultados, a SofIA demonstrou um desempenho promissor na resolução de dúvidas, mostrando-se capaz de fornecer respostas “precisas e relevantes” para os alunos.

Vitru Educação: IA guiada por resultados

Os projetos de IA generativa da Vitru Educação vão além de simples experiências. De acordo com o diretor de TI, o foco das iniciativas com a tecnologia está totalmente alinhado aos objetivos de negócio, e todos os resultados são validados junto ao conselho e apresentados com base em um business case.

“É preciso uma estrutura e uma base de resultados consistentes. Não adianta buscar uma solução apenas porque ela é inovadora ou chamativa. Precisamos de consistência e valor, caso contrário, acabamos apenas gastando recursos e gerando expectativas que podem se perder”, explicou.

A SofIA, por exemplo, é pensada como uma iniciativa de evolução contínua para a empresa. Sua estrutura foi concebida como um “framework” para modelos de IA, que pode ser adaptado e conectado a novos modelos de inteligência artificial à medida que surgirem no mercado.

“Já trocamos de modelo duas vezes e estamos avaliando um potencial terceiro. Desenvolvemos nossa inteligência de forma flexível, para que os bots possam receber melhorias à medida que surgirem novas oportunidades no mercado”, disse.

Nas primeiras aplicações de atendimento da SofIA, a companhia identificou que, em 60% dos casos, a dúvida foi resolvida sem a necessidade de transferência para um atendente humano, aumentando, assim, a eficiência no atendimento. Para o próximo ano, a empresa já prevê uma redução de novas contratações em atendimento, resultado dos ganhos obtidos com a IA.

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