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PMEs brasileiras se sentem digitalmente prontas para o pós-pandemia

Estudo da Microsoft e da Edelman traça perfil digital nas pequenas e médias empresas brasileiras. Momento é de otimismo, apesar dos desafios

Publicado: 07/12/2025 às 06:17
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Pequenas e médias empresas
Construção civil — Foto: Reprodução

As pequenas e médias empresas brasileiras estão muito otimistas com relação ao uso da tecnologia que adotaram ao longo do período de pandemia. Pouco mais de metade delas (52%) usa algum tipo de tecnologia diariamente, e 29% a consideram parte essencial aos seus negócios.

Esses são alguns dos resultados de um estudo feito pela Edelman e encomendado pela Microsoft, que aborda especificamente como as PMEs brasileiras se portaram durante a pandemia de COVID-19 em termos de transformação digital – e para onde caminham. Foram ouvidos proprietários e decisores de 505 empresas, de variados segmentos, durante os meses de setembro e outro de 2020.

Nesse momento a primeira onda de infecções começava a arrefecer. Foram abordados temas como adoção de novas tecnologias, trabalho remoto, recursos humanos, implementação de estratégias de marketing digital e capacidade de reinvenção de objetivos e estratégias de negócio.

“O objetivo foi entender as mudanças, os desafios e visão das PMEs durante a pandemia, e como elas preveem o pós-pandemia”, resumiu Tais Pinheiro, diretora de estratégia e criatividade da Edelman Brasil. “O investimento não foi [feito] só pela necessidade trazida pela COVID-19, mas latente, já estava na agenda das empresas.”

Para Priscyla Laham, vice-presidente de vendas para o mercado corporativo e SMB da Microsoft Brasil, já era imaginado que tecnologias que viabilizam o trabalho remoto – como videoconferência e computação em nuvem – tivessem sido impulsionadas. Ferramentas de produtividade e colaboração também ganharam terreno.

O grande desafio para a Microsoft, diz, é mobilizar seu ecossistema de parceiros – que atualmente conta com 25 mil revendas – para atender as demandas de tantos negócios em tantas verticais. “Cada indústria tem necessidades diferentes. Ter esse ecossistema é o que vai conseguir atender as necessidades das pequenas e médias, o que não dá para fazer sendo uma empresa de tecnologia”, explica.

Estima-se que na América Latina 60% dos empregos sejam gerados por PMEs.

Cenário otimista

As PMEs se consideram bastante preparadas para o pós-pandemia. A maioria (78%) disse que adotar novas tecnologias é a mudança mais fácil para a retomada. Além disso, 73% das pequenas, médias e micro empresas se dizem prontas para enfrentar os desafios de marketing digital e 71% para as questões relacionados ao trabalho remoto.

Mais da metade (51%) das PMEs dizem ter mudado sua relação com o trabalho remoto durante a pandemia, e 36% terem mudado objetivos de negócios. O marketing digital virou uma constante para 34%.  Boa parte delas já adota recursos tecnológicos como a videochamada (66%) e a nuvem (55%). O trabalho remoto (55%), as tecnologias de marketing digital (42%) e a aquisição de novos computadores portáveis (33%) também estão no topo do rodar.

Ferramentas de produtividade (editores de texto, planilhas e apresentações) são as tecnologias mais conhecidas (77%), seguidas por nuvem (76%) e videochamada (74%). Big Data & Analytics e inteligência artificial (IA), por outro lado, são as menos conhecidas, com 37% e 41% respectivamente.

“Eles [os entrevistados] ainda não entendem essas tecnologias e nem o valor que tem para o negócio. Não tem intenção de adotar em curto prazo. Aí surge a oportunidade e o desafio de democratizar como elas podem ajudar”, diz Tais, se referindo às menos adotadas.

E elas querem continuar investindo: 82% continuarão comprando tecnologia mesmo quando a pandemia terminar. Nuvem (com 40%) e tecnologias de marketing digital (36%) estão no topo da lista de prioridades.

Desafios, é claro

A menor capacidade de investimento em tecnologia (39%) e a falta de recursos humanos (30%) com competências digitais adequadas foram apontados como as maiores necessidades das PMEs no que tange a transformação digital. Também aparecem na lista o suporte dos grandes fornecedores de tecnologia (26%), uma cultura corporativa mais inovadora (25%) e resistências dos colaboradores (22%).

No entanto, questões que consideram ser elencadas como desafiadoras por grandes empresas parecem não preocupar as pequenas e médias: 55% concordam que o trabalho remoto e a transformação digital reduzirão o impacto dos negócios no meio ambiente, e 52% se sentem preparadas desafios da segurança cibernética.

O novo momento também afetou as áreas de recursos humanos das entrevistadas, principalmente as de médio porte, que passaram a procurar talentos com mais competências digitais – 64% das médias empresas apostaram na aquisição de talentos com esse perfil. A prioridade dos RHs a curto prazo é buscar talentos com habilidades para inovar (59%), competências digitais (56%) e habilidades para trabalhar remotamente (55%).

Mudanças de rumo

Os desafios impostos pela pandemia também fizeram com que as empresas ouvidas no estudo mudassem objetivos e estratégias de negócios. Reinvenção de suas estratégias de marketing (60%), reinvenção do produto ou serviço (45%) e de canais de vendas (41%) foram os mais mencionados.

As expectativas para o pós-pandemia são positivas: 75% continuarão reinventado objetivos e estratégias de negócio e 81% irão manter esforços de marketing digital após a pandemia.

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