Em resposta imediata a uma catástrofe natural, a Procergs, responsável pela gestão da tecnologia da informação e comunicação do governo do Rio Grande do Sul, iniciou um processo urgente de migração de dados para a nuvem. Isso foi o que Luiz Fernando Zachia, presidente da companhia, revelou em entrevista ao IT Forum. O data center […]
Em resposta imediata a uma catástrofe natural, a Procergs, responsável pela gestão da tecnologia da informação e comunicação do governo do Rio Grande do Sul, iniciou um processo urgente de migração de dados para a nuvem. Isso foi o que Luiz Fernando Zachia, presidente da companhia, revelou em entrevista ao IT Forum.
O data center da Procergs, embora moderno, está localizado em uma área vulnerável a inundações na capital do estado. “Estamos acelerando a transferência de dados para a nuvem para garantir que nenhuma informação seja perdida caso o local seja afetado por enchentes”, explicou Zachia.
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Quando questionado sobre um cenário em que os dados não estivessem sendo migrados para a nuvem, o executivo respondeu: “não quero nem pensar no cenário onde perderíamos acesso aos nossos sistemas. Estamos falando de milhões de vidas que dependem de programas sociais, segurança e serviços de saúde operando sem interrupções.”
O processo de migração está sendo feito pela própria companhia, com o apoio dos principais provedores de cloud. Apesar de não abrir quais são as aplicações que estão sendo migradas, a Procergs diz que os serviços migrados estão sendo alinhados conforme prioridade do governo, assegurando que os serviços e dados essenciais estejam seguros.
Dois diretores que deveriam estar nos Estados Unidos para um congresso permaneceram em Porto Alegre, juntando-se a outros diretores para supervisionar a operação.
Em um verdadeiro plantão, Zachia afirma: “Estamos em um esforço contínuo com nossa diretoria e equipe técnica para garantir que todos os dados sejam seguramente transferidos para a nuvem.”
Atualmente, o Rio Grande do Sul está em estado de calamidade pública, enfrentando uma série de enchentes, com o Rio Guaíba alcançando níveis recordes de água, ameaçando romper os diques de proteção da capital. Essa situação já levou outras instituições, como o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), a tomar medidas extremas como o desligamento de seu data center para evitar danos maiores.
O desligamento afetou todos os sistemas administrativos e de processos judiciais eletrônicos (eproc) do TRF4 e da Justiça Federal no Rio Grande do Sul, deixando-os inoperantes temporariamente. “Nossa responsabilidade com a continuidade dos serviços governamentais é imensa”, destacou Zachia, enfatizando a importância de manter a infraestrutura de dados segura e operacional.
A situação da Procergs e do TRF4 evidencia a necessidade crítica de adaptar as infraestruturas tecnológicas a eventos extremos, um tema que foi amplamente discutido no IT Forum Trancoso 2024.
Esta crise sublinha a importância da tecnologia a serviço da humanidade, atuando na gestão de desastres e na proteção da infraestrutura crítica, garantindo que serviços essenciais continuem disponíveis mesmo diante de condições adversas.
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