A Hitachi Vantara, subsidiária de infraestrutura e soluções digitais da Hitachi, e a ONG Rainforest Connection, que usa dados em tempo real para impedir desmatamento e caça ilegais, anunciaram nesta segunda (15) o uso de uma solução sonora para prever a extração ilegal de madeira em florestas tropicais. Ela funciona com base em dispositivos instalados […]
A Hitachi Vantara, subsidiária de infraestrutura e soluções digitais da Hitachi, e a ONG Rainforest Connection, que usa dados em tempo real para impedir desmatamento e caça ilegais, anunciaram nesta segunda (15) o uso de uma solução sonora para prever a extração ilegal de madeira em florestas tropicais. Ela funciona com base em dispositivos instalados nas copas das árvores.
Os dispositivos – chamados “guardians” – detectam ruídos de motosserra em tempo real e enviam aos guardas-florestais para que verifiquem o local do alerto. O problema é que esse processo pode levar até 14 dias e, em alguns casos, as árvores são perdidas quando os guardas chegam.
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Para reduzir esse tempo de resposta, a Vantara aplicou uma tecnologia de análise de dados e construiu algoritmos que criam uma linha de base dos sons da floresta. Essa “assinatura bioacústica” simplifica e acelera o processo de identificação de anomalias. A ideia é identificar madeireiros quando exploram os locais em que pretendem derrubar árvores, ou seja, antes de ligarem as motosserras.
A solução detecta esses avisos antecipados e alerta os guardas-florestais em tempo real. Segundo a empresa, com isso eles podem ganhar até cinco dias de antecedência para chegar ao local.
De acordo com a World Wide Fund for Nature, a WWF, a cada dois segundos uma área de floresta tropical do tamanho de um campo de futebol é destruída no mundo, e 90% do desmatamento ilegal é feito para extração de madeira. Segundo uma pesquisa da Rainforest Alliance, o desmatamento é responsável por 10% de todas as emissões mundiais de carbono, sendo um grande contribuinte para o aquecimento global.
A parceria entre Vantara e Rainforest Connection foi feita em 2019. Ambas trabalham juntas para co-criar a solução bioacústica. Os próximos passos do projeto incluem a implementação de uma rede de guardiões em mais de 11 países.
